Primitivo di Manduria (DOC): Capo Zafferano, 2018 - Itália
05-04-2020
Classificação: Tinto Seco
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Descrição do Produto
Uva: Primitivo (100%)
Local de produção: – Itália, Puglia, Salento, Manduria
Vinícola: Capo Zafferano
Teor Alcoólico: 14,5%
Amadurecimento: 9 meses em barris de carvalho francês e norte americano
Safra: 2018
Potencial de guarda: 5 a 6 anos
Visual: Rubi
Olfativo: Frutas maduras, geléia, madeira
Gustativo: Taninos expressivos, corpo intenso, acidez média para alta. Fruta e especiarias presentes
Temperatura de serviço: 18-20°C
Decanter: não se faz necessário
Harmonização: Massas carregadas de queijo ou grelhados. Um bom churrasco de carnes gordas também é uma ótima sugestão.
Valor: R$89,90
Data de aquisição: 24/03/2020
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Resenha
Mais um domingo de quarentena e seguimos engordando. Dessa vez fomos de um clássico: o Primitivo di Manduria. Manduria é uma região da Puglia (salto da bota da Itália) que possui uma DOC denominada Primitivo de Manduria. Esse é o vinho de maior expressão dessa região (talvez de todo sul da Itália).
Quem me ajudou dessa vez foi o rótulo Capo Zafferano. Possuindo algumas características de um reserva (não possui essa classificação) como 9 meses de barrica e 100% composto pela uva Primitivo, esse é um rótulo muito interessante.
A garrafa é grande, robusta, parecendo ter sido esculpida de maneira rude, rústica. Essa é uma característica comum aos bons rótulos dos Primitivos de Manduria. Por falar em rótulo, o seu é muito bonito e chama muito a atenção.
Na avaliação física a sua cor em nada lembra do seu estágio em barrica. É de um rubi intenso e anéis rosáceos. O seu perfume é frutado, lembrando fruta madura... já em estado de geleia, parecendo ser uma bebida doce. Mas engana-se se acredita que o vinho não é complexo. Ele vai evoluindo com o tempo e recomendo o uso de decanter. Com 5 a 10 minutos ele já começa a apresentar outras características como madeira, terra... sempre de forma sútil.
Como não estava de posse do decanter e tão pouco paciência para esperar de 30 minutos a uma hora para começar a degustá-lo... fui fazendo aos poucos mesmo, esperando apenas uns 20 minutos para começar os trabalhos.
Na boca ele em nada tem o dulçor do seu aroma. Em um primeiro momento chega a ser um pouco amargo de tão seco e tamanha a força dos seus taninos. Sim, ele tem taninos vivos e bem presentes, que disputam com alguma vantagem sobre a acidez, típica dos bons vinhos italianos. Entretanto, engana-se quem pensa ser um vinho ruim, muito pelo contrário, é algo que você não consegue parar de beber até a garrafa ficar completamente vazia (e deixa sensação de quero mais).
Não é frutado e sim, bastante complexo. É hora rude como um primitivo e hora sofisticado como um Manduria. Sim, uma bebida que vale muito ter na adega para impressionar aquela visita importante ou mesmo para valorizar o seu próprio eu.
Cai bem com uma boa massa repleta de queijo (procurando aqui no blog verá a análise que fiz degustando uma ótima lasagna) mas aqui acompanhou um bom contra-filé com batatas e foi simplesmente perfeito.
Bem, fica a dica de um rótulo espetacular, que pode ser comprado por um valor justo e que certamente irá agradar em muito os grandes apreciadores de vinho. Bebi e ainda bem que não estava em casa, senão era capaz de abrir outra garrafa.
Até a próxima garrafa então...
Notas de 0-7: 3,66
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GERAL: 🍷🍷🍷🍷
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Cor: 🍷🍷🍷🍷
Aroma: 🍷🍷🍷🍷
Intensidade: 🍷🍷🍷🍷🍷
Sabor: 🍷🍷🍷🍷
Embalagem:🍷🍷🍷🍷
Custo: 🍷🍷🍷
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